domingo, 12 de maio de 2013

mitos e verdades do sabonete intimo

Os sabonetes íntimos estão na moda e muito se fala sobre eles. O produto, apesar de ser mais caro do que os sabonetes comuns, é indicado por muitos ginecologistas às suas pacientes quando elas apresentam algum tipo de problema que exige cuidados específicos com a higiene genital. 

Mas o que é verdade e o que é mito a respeito do assunto? O ginecologista e obstetra Edilson da Costa Ogeda, do Hospital Samaritano, de São Paulo, esclarece algumas dúvidas sobre o assunto. 

Abaixo, as dúvidas esclarecidas pelo especialista: 


O sabonete íntimo traz mais proteção do que o sabonete comum? 
Dr. Edilson da Costa Ogeda - Isso é um mito. Não é que o sabonete íntimo traz mais proteção, ele não agride a mucosa genital e, portanto, não interfere no ambiente natural da região vaginal e vulvar. 


É verdade que ele altera o pH da vagina? 

Ogeda - Isso é um mito. Os sabonetes íntimos são de pH neutro, 


Ele evita a proliferação de fungos e bactérias? 

Ogeda - É verdade. Como não interfere com a flora vaginal normal e não destroi as bactérias de proteção vaginal (lactobacilos de Doderlein), pode ser benéfico nesse sentido. Porém, ele não tem um efeito direto sobre germes que causariam infecção genital. 


O sabonete pode ser usado durante a menstruação? 

Ogeda - O produto pode, sim, ser usado normalmente. 


Ele deve ser usado o mês todo? Toda vez que tomamos banho (para quem toma mais de um banho por dia)? 
Ogeda - Como em todo o banho lavamos todas as partes do corpo, inclusive os genitais, usar um sabonete neutro que não agrida a mucosa vulvo-vaginal seria muito mais indicado do que sabonetes convencionais. Portanto seu uso pode ser diário. 


O uso prolongado do sabonete pode causar corrimento? 
Ogeda - Não. O sabonete não tem relação com causas de corrimento genital. 


Na falta de sabonete íntimo, pode ser usado um antibactericida? 
Ogeda - Não. Os sabonetes antibactericidas são vetados para a região vaginal, porque podem destruir os lactobacilos de proteção e aumentar (e muito) o risco de infecções e irritações na vagina

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